15 fev Reforma da previdência abre espaço para novos produtos
Os especialistas acreditam que a capitalização, prevista na reforma do novo governo, tende a democratizar o acesso aos planos privados
Enquanto a reforma da previdência não sai, o mercado de previdência complementar segue crescendo consideravelmente nos últimos anos. No final do ano passado, alcançou reservas da ordem de R$ 800 bilhões. Mas espera avançar mais com a aprovação da reforma e a criação de novos produtos.
Para executivos do setor, a preocupação da população em relação à aposentadoria impulsiona o mercado a criar novos produtos para atender diversas faixas de renda. Os especialistas também acreditam que a capitalização, prevista na reforma do novo governo, tende a democratizar o acesso aos planos privados.
No entanto, os executivos acreditam que a oferta de planos mais simples e transparentes, em relação ao formato e custos para o consumidor, será desafiadora. Apesar disso, destacam que o setor privado será fundamental para a população criar a consciência de economizar para o futuro.
Além de incentivar os consumidores com novos planos, o setor ainda prevê algumas facilidades para o acesso da população à previdência complementar, como o fim da taxa de carregamento em alguns grandes conglomerados.
O setor privado realizou estudo e apresentou proposta, do professor da Fipe, Hélio Zylberstajn, ao Ministério da Fazenda, do ministro Paulo Guedes. A proposta, apoiada pela Fenaprevi e pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), mostra que 75% da população com renda média de R$ 2,2 mil estaria coberta pela manutenção das regras atuais, de repartição, enquanto o teto para se aposentar pelo INSS é de R$ 5,6 mil.